Lá estava ela, a loira sem cor, menina
Sentada, curvada, olhando para o mar,
Segurando uma descolorida pulseira fina
Que mal lembrava quando veio a ganhar.
Lembranças, esquecimentos, sonhos e planos,
Suspiros diários a assombrar o que tentou almejar
Tantos foram estes a formar buracos nos panos
Sonhos que antes, pesadelos vieram a se tornar.
Maquiadora, brinquedo, poeta, mergulhadora...
Aquela garota que já chegou a sonhar com tudo,
Hoje lamenta, encolhida, lutando contra seu luto.
Já não adianta olhar para frente, muito menos no agora.
Inadiável, inevitável, apenas espera o grande estopim,
Quando a velha pulseira se partir e tudo chegar ao seu fim.
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