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sexta-feira, 18 de março de 2011

A dor da flor


Gente, como disse para vocês, estou voltando a postar com um pouco mais de intensidade. Vou tentar criar um piso de número de posts, até porque vocês gostam bastante do que escrevo e tem até gente que cobra quando passo algum tempo sem escrever. Sinto pena da rosa que apesar da sua beleza, mal consegue ser admirada de perto. Então, com base nisso que escrevi esse poema. Espero que possam apreciar poema, mas por favor, não se cortem com os espinhos da rosa. É, cuidado, muito cuidado, os cortes são fatais, por isso, todo cuidado é pouco.

A dor da flor


Sempre via as pessoas tentarem chegar perto,

Mas era cabível à minha pessoa testá-las.

Sentia tanto medo de perdê-las,

Tanto, que escolhia demais,

Pensava muito, pouco errava,

Muito me calei, pouco sorri.

Agora não há alguém que me regue,

Hoje estou só, sofrendo sempre,

Carregado por um infinito vazio,

Sangrando, retalhado por minhas próprias defesas

Que invés de me proteger, matavam-me aos poucos,

Os ferimentos eram como um buraco escuro,

Não fazia idéia da profundidade deles,

Cada vez crescendo, expandindo-se sem um limite.

Só, não há alguém para me regar,

Sem água, não conheço a vida,

A morte é iminente,

Conhece assim um atalho, aproxima-se numa velocidade única,

Projetando a sua força sobre mim,

Suas conseqüências severas se apóiam sobre minhas pétalas;

Culpa minha,

Não soube viver, não deixei a vida se aproximar.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Isolado


Gente =0! Demorei muito pra vir aqui, admito, mas não parei de escrever, ok? Continuo a escrever constantemente. Como estou sentindo muito sono nas aulas, principalmente em genética, invés de dormir, eu escrevo os poemas. Enfim, falemos sobre o poema. O poema fala sobre um homem do mar, sobre suas experiências. As sensações não são legais, e por isso que eu usei a metáfora do mar distanciar de tudo para mostrar as pessoas que vão ficando solitárias (Momento #ForeverAlone).
É bastante complicado tentar se imaginar no lugar, mas sabendo-se da situação fica tudo mais fácil. Espero que gostem, ou não.

Isolado

De longe vejo me afastando;

Cada vez mais longe.

A distância vai apertando

E o medo do perigo vai me contagiando.

Sinto-me triste, até perdido,

A distância da terra é perturbante.

Não sei se resistir à saudade

É o melhor caminho a se seguir.

O som do silêncio me ensurdece

E a falta do que fazer deixa-me cansado,

Lúcido dizer que preciso de companhia,

Mas longe de tudo,

Lanço um grito doloroso,

Que a cada segundo que minha voz se prolonga

Vem a mim insensatamente um vazio;

Como se um sentido resolvesse fugir de mim.

Só quero voltar pra casa,

Minhas escolhas não me agradaram

E agora aqui estou...

À deriva neste barco,

Cercado de sal, cercado de água;

Cercado do nada.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Canto final


Quando se está triste, o que resta é escrever, mesmo que isso seja a última coisa a fazer. É o que faço e não tem como mudar. Muitas vezes é preciso, só assim consigo me livrar do peso, do fardo na consciência, é como se estivesse desabafando, como se estivesse aberto uma torneira, a torneira da minha mente. Por isso, neste poema, não julguem o sentido devastador que ele tem, apenas leiam, se coloquem no lugar do eu-lírico e façam de tudo para não sentir o que ele está sentindo. Espero não sentir uma outra vez. Não sei se isso aconteceu, mas podem ter pensado que só escrevia poemas brancos. Enfim, aí está um rimado. Iria até escrever um soneto, mas desisti. Prometo que o próximo será.


Canto final


Poema sem brilho, sem cor.

Espelho da alma do autor,

Sentido pelo frio do vento

Covarde naquele momento.


Condenado à morte, ao nada

Que depois de perder tudo,

Depois da vida o abandonara

Foi morrendo, lixo sem futuro


Morto, morto, morto, morto,

Alma morta, corpo morto,

Agora, vaga sem um amor


Precisando do que perdeu,

Procurando pelo seu eu,

Carregando a tristeza, a dor.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Eu


Quem sou eu? Lamento, é tão difícil definir. Sou como a música ‘Gitã’ de Raul Seixas, sou a essência de tudo, sou a confusão do mar em uma tempestade, eu sou o trem que passa as sete, eu sou o garoto que ama para sempre incondicionalmente a menina meiga e frágil de cabelos longos, olhos escuros e profundos. Eu sou um paradoxo, eu sou a palavra ‘ego’ do latim. Eu sou como os dias que são iluminados pelo Sol, mas também sou como a noite que apesar da sua escuridão, conhece o brilho da bela Lua. Lua esta que tem como sua primeira letra o ‘L’, ‘L’ presente na definição da palavra ‘amor’, ‘L’ presente no nome do meu amor. Eu sou um pássaro batendo asas, eu sou uma tartaruga navegando pelos mares, eu sou tudo e ao mesmo tempo, nada... Eu sou humano.