Ao relento sobre o diário

Não consigo entender porque mesmo diante de tantas certezas, tudo parece ser tão confuso. Seria tão mais feliz se nos dessem a chance de mostrar os sentimentos que são verdadeiros, seria tão mais gentil se pudéssemos ser apenas felizes, do nosso modo. Ninguém compreende a real situação de nós dois, por isso, resolveram colocar tantos obstáculos como se esperassem que todo este mundo rachasse por dentro até a superfície.

Milhares de ‘Eu te amo’ são ditos ao longo do dia, poucos são ouvidos por quem não foram destinados. Tão fácil julgar tudo como fútil, achar que podemos ser generalizados, que isso é paixonite de adolescente, primeiro amor e blá, blá, blá. O que estas pessoas podem dizer sobre o que temos se nem ao menos elas tiveram a chance de conhecer tudo como conhecemos, de pensar como pensamos, de sentir o que sentimos, de amar como amamos. Cansado de ouvir o quanto sou teimoso ou que não respeito o que me dizem, sim, verdade, eu sou teimoso e não respeito o que me dizem, mas no fundo, no fundo, dizer que tudo isso é uma ilusão do meu coração, é atirar uma pedra contra mim... Não, pior, contra a minha alma!

A felicidade está ao meu lado, com a pessoa que eu amo e que vou passar a vida toda ao seu lado e isso, não é uma coisa que caiba a quaisquer uns julgarem. Perdoe-me, mas o destino já está laçado e ser feliz é algo que eu já sou. O que me resta? Viver cada dia como último, afinal, eu não sou cego, não são todos que amam como nós nos amamos.