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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Mais um homem


Você está andando, às vezes tropeça, mas sempre levanta, outrora aparece um grande amigo pra você rir junto com ele... Então você se apaixona, consegue ter seu coração inicialmente roubado, daí, você começa a amar e a pessoa que está contigo neste exato momento não precisa mais te roubar. De presente, você se dá, literalmente, incondicionalmente. Você então é amado, conhece o que é estar alegre vários dias consecutivos sem motivo aparente, ri do nada só ao lembrar-se dessa pessoa, fica com saudade, sonha exaustivamente com aquela pessoa, pensa que tem super poderes e ignora todos os avisos de que os problemas também são grandes e aí... Aparece o temível problema, daí a primeira fantasia do amor cai. Você descobre que não tem super poderes, descobre que não pode ajudar teu ente querido tão quanto queria, descobre que no fundo, no fundo, é apenas mais um humano dotado de suas limitações tão conhecidas.

É tão duro aceitar que não pode fazer nada, que você é apenas um observador, que nem ao menos tem a chance de se jogar diante do problema para que o outro não seja atingido. Descobre também quem as únicas coisas que você pode fazer é tentar sentir a dor ou então se manter em pé pra erguer as mãos. A frustração de ser apenas eu está me consumindo, a frustração de ter tudo e ao mesmo tempo, saber que tenho o nada.

1 comentários:

Carol Kristin disse...

É incrível como você descreve o que a maioria das pessoas captam, mas não conseguem explicar...
Muito bom!!!!

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