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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Calçada da desfama


Trago comigo muito medo. Mesmo depois de ter pura consciência da minha capacidade de me levantar, levantar, levantar e levantar, o meu medo parece explodir sobre mim e tudo à minha volta. Muitas vezes, eu apenas escorrego, até sutis deslizes, mas que assim mesmo como o fantasma da morte, assola-me intensamente.
Trago comigo muito medo, trago comigo o meu medo, o meu medo de cair, o meu medo de cair, o meu medo de ter que me levantar pela vigésima oitava vez sem saber mais quantas ao chão irei abraçar os pedregulhos que residem no chão frio, sozinho, no seu vazio de sal que assombra tanto os piores, até mesmo aqueles que hoje, são nomeados melhores. Discretamente, após mais um deslize, me reergo sobre a estabilidade tentadora do meu ego sem saber o que virá amanhã, mas com uma brutal certeza... Mais doses de força serão necessárias para sair do chão do poço chamado vida.

2 comentários:

Ítalo disse...

Será que vamos conseguir vencer? Perguntava o tal Renato Russo...

Bruna Noronha disse...

Muitas vezes, eu apenas escorrego, até sutis deslizes, mas que assim mesmo como o fantasma da morte, assola-me intensamente. *.*

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