Trago comigo muito medo. Mesmo depois de ter pura
consciência da minha capacidade de me levantar, levantar, levantar e levantar,
o meu medo parece explodir sobre mim e tudo à minha volta. Muitas vezes, eu
apenas escorrego, até sutis deslizes, mas que assim mesmo como o fantasma da
morte, assola-me intensamente.
Trago comigo muito medo, trago comigo o meu medo, o meu medo
de cair, o meu medo de cair, o meu medo de ter que me levantar pela vigésima
oitava vez sem saber mais quantas ao chão irei abraçar os pedregulhos que
residem no chão frio, sozinho, no seu vazio de sal que assombra tanto os
piores, até mesmo aqueles que hoje, são nomeados melhores. Discretamente, após
mais um deslize, me reergo sobre a estabilidade tentadora do meu ego sem saber
o que virá amanhã, mas com uma brutal certeza... Mais doses de força serão
necessárias para sair do chão do poço chamado vida.
2 comentários:
Será que vamos conseguir vencer? Perguntava o tal Renato Russo...
Muitas vezes, eu apenas escorrego, até sutis deslizes, mas que assim mesmo como o fantasma da morte, assola-me intensamente. *.*
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