Meu reflexo
Tentarei, agora, fazer algo que não poderia...
Tentar me descrever como sou,
Tentar me ver diante de um espelho,
Tentar ver de olhos fechados.
Ver de um modo que só aqueles
Que não veem como alguém normal, humano, veria.
Tentar me enxergar com a visão de um cego
Pra que a imagem que veja, não seja a minha,
Mas de quem sou, na essência.
Tentar não é fácil, mas é a única alternativa.
Quero, tenho que saber quem sou,
Sem a influência dos outros;
Como se a imagem que eu visse fosse de uma floresta.
Na qual nunca foi tocado pelo homem ‘racional’;
A natureza verde e azul, cheia de vida, virgem...
Aprender a ver sem os olhos é difícil,
Antes é preciso confiar, acreditar naquilo que verei.
Então me debruço diante do espelho,
Lentamente vou levantando a minha cabeça
Direcionando para o espelho, os meus olhos.
Abro então um sorriso de leve, alegre...
Pois sabia, chegou o momento,
Finalmente poderei me conhecer.
Aos poucos fecho os olhos
E usando todos os sentidos humanos conhecidos, incluindo a visão;
Vejo o que está refletido no espelho,
Algo limpo, azul, que emanava uma luz pura, nunca alterada.
Que parecia nunca haver sofrido, eu [...].
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