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terça-feira, 14 de setembro de 2010

Meu reflexo



Este poema faz uma certa referência ao poema postado anteriormente, no ultimo post. Como no primeiro tinha me criticado bastante, pensei que eu não devo apenas falar mal, né? Mas detalhe, no outro era sobre mim, neste não, é subjetivo, então não vá pensando que eu sou descrito aí. É apenas uma imagem que veio a minha cabeça. Bem, não necassariamente uma imagem, acho que uma cena seria mais adequado. Enfim, é o tipo de poema que eu gosto de fazer. Não tem nada haver com morte e nem amor, fora que já faz algum tempo que não escrevo um com estas características. Espero que gostem!

Meu reflexo

Tentarei, agora, fazer algo que não poderia...

Tentar me descrever como sou,

Tentar me ver diante de um espelho,

Tentar ver de olhos fechados.

Ver de um modo que só aqueles

Que não veem como alguém normal, humano, veria.

Tentar me enxergar com a visão de um cego

Pra que a imagem que veja, não seja a minha,

Mas de quem sou, na essência.

Tentar não é fácil, mas é a única alternativa.

Quero, tenho que saber quem sou,

Sem a influência dos outros;

Como se a imagem que eu visse fosse de uma floresta.

Na qual nunca foi tocado pelo homem ‘racional’;

A natureza verde e azul, cheia de vida, virgem...

Aprender a ver sem os olhos é difícil,

Antes é preciso confiar, acreditar naquilo que verei.

Então me debruço diante do espelho,

Lentamente vou levantando a minha cabeça

Direcionando para o espelho, os meus olhos.

Abro então um sorriso de leve, alegre...

Pois sabia, chegou o momento,

Finalmente poderei me conhecer.

Aos poucos fecho os olhos

E usando todos os sentidos humanos conhecidos, incluindo a visão;

Vejo o que está refletido no espelho,

Algo limpo, azul, que emanava uma luz pura, nunca alterada.

Que parecia nunca haver sofrido, eu [...].

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