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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Perfurado


[Começo a escrever este post rindo] Bom, assistia a um filme de guerra hoje a tarde. Foi tão emocionante. Bom, eu estou tão feliz! Motivos tenho até demais. Poucos saberão o porquê, mas com certeza, se estiver próximo a mim sentirá a minha felicidade transbordando. Por mais incrível que pareça, escrevi este poema pra ver se diminuia a alegria (Minha vó tá quase querendo me internar... não, eu não sou doido.), mas nem funcionou. Estou feliz como antes mesmo de escrevê-lo. Falando um pouco sobre o poema. Ele tem um pouco do filme que eu vi. Algo haver com porquê estar guerrilhando... por que não há paz? Por que abandonamos as pessoas que amamos para ir lutar? Enfim, isto é algo que ainda não sei. E espero nem saber, viu! Espero que gostem.

Perfurado

Andava lentamente, sempre com precaução;

Cuidados tinham que serem tomados,

Não podia agir sem pensar.

Era guerra...

Não queria estar aqui;

Tinha medo de não voltar pra casa.

A qualquer momento minha vida acabaria,

Estava em um prédio abandonado;

O ar de destruição atrapalhava a minha visão.

Por minutos permaneci parado

À espera do que viria a acontecer.

No fundo, sabia que estava correndo risco;

Mais que nunca tive tanto medo.

Até que então dei dois passos...

Os passos que foram o suficiente para por o preço;

O preço que tanto temi em pagar.

O preço de viver.

Foi apenas uma bala...

Esta entrou em meu corpo perfurando meu pulmão.

Começo a sentir o meu ar escapar.

Os segundo pareciam infinitos.

Já não enxergava nada direito.

É, aquele clichê de quem vemos tudo o que fazemos,

Ou deixamos de fazer durante a vida é verdade.

Foi aí que percebi que não era pra ter te deixado;

Percebi o quanto te amei.

Nossa! Lembrar-me de tudo aquilo foi atordoante,

Mas, por outro lado, foi importante, sentia saudade.

Senti falta de segurar suas mãos, de estar com você.

De ouvir a sua voz, de ter a chance de te abraçar,

De poder dizer mais uma vez como te amo...

Até que percebi que minha vida vazava pelo buraco;

O buraco por onde minhas lembranças foram embora...

Pondo um fim a minha vida.

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