Pages

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Quem me define


Lá estava eu tentando encontrar um modo de me convencer do porquê não dever dar ouvidos ao que pensam de mim. Então resolvi escrever um poema. Bem, ele no inicio seria bem direcionado, mas eu tentei deixá-lo vago, para que assim muitas pessoas se identifiquem com ele. As dúvidas existem. E o espelho só faz aumentá-las. Mas temos que tomar consciência de que somos aquilo que lutamos e desejamos, não sempre, claro (Não queira ser um super herói). Espero que gostem dele e espero que não se identifiquem. Mas se isso ocorrer, entenda que você não precisa ser quem desejam que você seja e sim quem você é de fato.


Quem me define

Estava andando pelos corredores

Quando me deparo com um espelho.

Percebo que não me vejo da mesma forma,

Há algo diferente do habitual

O motivo não seria estar com os olhos avermelhados

Até um pouco enchidos por lágrimas

E um tanto inchados... bem, não era isso.

Talvez pelo motivo do choro,

Estaria tendo uma nova visão de mim mesmo.

Parecia estar pálido e sem cor.

Não havia felicidade naquela pessoa que via,

Que via através de um espelho.

Sempre fui feliz, meu sorriso era presente,

Mas por algum motivo não estaria ali,

Talvez tivesse fugido de meu rosto.

Bem, o sorriso nunca se mostrara em público,

Era tímido, singelo, mas eu sabia que estava presente.

Temo ser a pessoa que estaria a minha frente.

Não parecia ter vida própria,

Como um vampiro que depende dos outros pra viver...

É, mas eu percebo que este não sou eu.

Percebo que este é quem os outros pensam que eu sou.

Pois quando tenho posse de minha consciência

Acredito que posso dizer: “Eu me conheço!”.

Até porque quem decidirá quem sou,

Será de exclusividade minha apenas.

Pois a muito, deixei de dar ouvidos ao que pensam de mim.

0 comentários:

Postar um comentário