Arte do autor
Acredite, há sentimentos que se eternizam,
Pois nem mesmo a morte é capaz de exterminá-lo.
Ultimamente, tenho me sentido fraco,
Não conseguia ver o que pairava a minha frente.
Achava que ao colocar um ponto final,
Tudo se esvaía e o que sobrava, era vácuo.
Percebo que não sou mais o mesmo
Porém, não muito diferente daquele garoto
Que de suas primeiras palavras, transformava-as em arte,
Mas não numa arte sem energia, sem calor,
Não uma arte sem vida, sem amor
E sim aquela que tinha como objetivo tocar.
Sei que minhas palavras poderão ser esquecidas,
Porém nunca foi minha intenção torná-las eternas.
Quero que abusem e deslumbrem no presente
Que faça mudar, ao menos por um segundo,
Fazer o passivo refletir.
Ofereço a liberdade em meus versos
E em muitos, o poder de usar a imaginação.
Na minha arte, não existe final
E quando menos esperar, será ela prorrogada,
Porque descrevo a vida, esta que está em mudanças.
Procuro explorar seus limites, sejam ruins ou bons,
Mas apesar de tudo, contrario-a,
Pois minhas palavras, mesmo possuindo vida,
Jamais serão vítimas da morte.
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