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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O sobrevivente


Um poema meio que estranho para mim. Estranho, pois não acredito que o escrevi, sei lá. Podemos dizer que ele seria meu bastardo. É, eu não amo tudo o que escrevo. E como não gosto da piedade, eu não sinto pena deste. Beijos e espero que não gostem.

O sobrevivente

Na situação em que estamos,

Não poderemos existir sem conflito

Outrora pensei em te matar,

Mas evitei, não era o momento ainda.

Você estava mal e te respeitei.

É, agora, tudo está equivalente

Não tenho que me limitar.

Usarei toda minha inteligência para te matar

E minha audácia para te fazer sofrer.

Não sinto ódio por ti,

Mas uma morte será inevitável.

Dois dias se passam após o convite

E aqui está você, sem medo, sem lucidez,

Finalmente, o conflito dos dois matadores começará.

Nós, conhecidos pela morte na primeira ação

Com espadas sujas de sangue

E com, apesar de tudo, mentes limpas.

Tudo será decidido em apenas um golpe,

Aquele que for mais rápido,

Da luta, vivo sairá.

Mas ao começar vejo que fui traído,

Com uma arma você atirou,

Ah, mas busco forças pela vingança

Já não quero mais te matar e sim destruir

Porque a sua bala atingiu a minha piedade

E sem a cabeça, você foi morto.

Cortado, triturado e queimado, após...

Deixado no deserto, aos corvos, foi servido.

E a única coisa em que serás lembrado

É o dia em que mataste um homem

Que, após, ressuscitou em forma de fera.

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